meu corpo em trânsito pelas ruas da cidade, minha imagem gravada na pintura dessa manhã luminosa, minha escultura exposta às intempéries, gotas de chuva ácida patinando o bronze da minha pele, minha sombra projetada na tela da noite insana, minha arquitetura em plena restauração, minha nudez em cena, minha figura inscrita na paisagem, meu olhar sondando alguma trilha incerta, meu gesto desenhando alterações de rumo, vontade de navegar à deriva e passar ao largo dos ancoradouros, ânsia de rasgar os mapas e me guiar pelas estrelas, meu ofício costurando a corrosão do tempo, minha trama em transparência, minha teia, meu tecido, minha vida em risco, minha arte caminhando para a urgência do nada absoluto onde mora a poesia sem palavras.
quarta-feira, 27 de julho de 2011
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